dezembro dói!
Levo as mãos à cabeça:
Os olhos num pranto mudo, soluços secos, soluços sucessivos
Espetáculo de lágrimas e dor
Meu coração despedaçado abrigava uma pressão que prometia explodir,
e o mundo desabando dias depois ...
A navalha nos olhos!
Eu não consigo mais dormir, tenho medo da noite
Preciso desvendar os mistérios da Vontade
Superar a debilidade e fraqueza da minha Vontade
Superar a Pulsão da Morte e vencer a disjunção
Tantas expectativas adquiriram suas próprias asas
e se seam na distância
as palavras são impotentes para perder meus sentimentos
uma tristeza fatal e invisível
Em círculos tudo retorna sempre na mesma dança
E o terror de nâo conseguir dormir,
a noite posta sobre a mesa
a loucura constante permanente, não se cansa
em círculos tudo retorna sempre na mesma dança
Dezembro dói em janeiro ou mesmo outubro, em círculos .. .