
Quando o lendário clube CBGB fechou, em Nova York, em outubro de 2006, seu dono, Hilly Kristal, disse que ia arrancar tudo o que estava dentro do lugar (do carpete às portas e maçaneteas e até mesmo os mictórios) e transpor para Las vegas, onde abriria uma versão pra turista do lugar, bancada por investidores privados. Só que, um ano depois do fim do CB´s, Kristal morreu de câncer. E aí?
Aí que o estilista John Varvatos, um amante do rock, abriu sua nova butique em Manhattan, no mesmo endereço do CBGB (quase na esquina de Bowery com Bleeker, no East Village). e manteve intacto o máximo que deu pra manter. Como se vê na foto acima, o piso é quase o mesmo piso de madeira da casa original (que, antes de virar templo do punk/new wave no final dos anos 70 era um bar de country e blue grass). Varvatos também preservou as pichações nas paredes e o estilos lustre que ficava bem no meio do clube, bem como algumas memorabílias do rock que foram se acumulando por lá ao longo dos anos, deixadas pelos próprios artistas.
Resta saber se o cheiro indescritível do lugar (onde estive nos 80s e 90s) também foi mantido. Melhor uma butique rock do que uma farmácia sem graça, que é o que virou aqui o notório Crepúsculo de Cubatão, no meio da Barata Ribeiro, em Copacabana...
*pegando essa deixa, e um comentário de Jamari França aqui neste post, eis o que aconteceu com mais alguns points musicais do Rio, além do Western, que virou Casa do Mago: onde era a Dr Smith funciona uma madeireira; no lugar da Ghetto (também em Botafogo, como a Smith) tem uma farmácia de manipulação; a Metrópolis (S. Conrado) tá lá, fechada; a Mamute (Tijuca), onde antes era um cinema, hoje é uma igreja universal; onde foi a Mamão com Açúcar (Lagoa), é a Estação do Corpo; e o Mistura Fina da Barra é uma loja de flores. Alguém aí lembra de mais algum?