CEP 20.000 (edição de natal-2007)


CEP DEZEMBRO 2007
O GRANDE BAIXO DE NATAL
Enfim foi. O último cep do ano. E foi de arrebentar as maxilas. Foi gargalhante. Desde a abertura com a magnífica “na boa companhia teatral” dos amigos Márcio Januário e Dado Amaral, em Lisboa, lançando filme. Bem entre toda a turminha querida do André, de excelentes futuros craques na cena e nas letras, como não destacar o Wellington, ou Liu. O cara é uma gratíssima revelação. Ele tem um texto bem engraçado e faz vários tipos: pivete, mulher, velhinha, etc, etc. muito, muito bom. Depois as três damas da lira subterrânea: Bia, Juju e Marcela. Misturando textos próprios, grandes, médios e pequenos com textos de outras poetas, a performance ficou de alto nível. E ainda vai melhorar, no dia que pudermos dispor de tempo para ensaiar e marcar luz e anexar som.
Espero que em 2008, enfim, a gente possa profissionalizar mais o cep, pagando todas as atrações e cobrando um pouco mais de acabamento.
Profissional mesmo foi Nervoso e os Calmantes, experimentando corais e números acústicos, com cavaquinho, violões e bateria. André nervoso é nosso rei. Herodes que ele fez com muito vigor e cabelo no exuberante Baixo de Natal. Aliás o Baixo foi uma
Pândega. Mistura de caos e comédia, foi perfeito. A cena de Dalberto, o menino deus de fraldão e faixa de presidente, foi inesquecível. Tavinho Paes de Profeta Isaías deixou saudade. Maurição de São João Batista e sacro sêmen foi estarrecedora. Adriana de Povo da Galiléia valeu a noite. Ah... o Cep 20.000: é a melhor festa da cidade. É o único lugar que poderemos ouvir o Freakout Muzik de Byra Dornelles e banda cantando Gothan City e outros poemúsicas pra lá de psicodélicos. Ou a gratíssima revelação: Psicoativos. Som avassalador que fez a galera dançar. E o espetacular gran finale das Doidivinas. Elas estão cada vez melhores. Flavinha, Lu e Helga fazem chover. Rock a billy da maior potência. Flavinha é indiscritível, cantando e arrasando na guitarra vermelha. Geanm Queirós disse presente com a alma na ponta da língia.
Assim o CEP se despediu de 2007 – talvez ainda tenha um Cepinho antes do Natal. Em 2008 esperamos voltar em abril. Talvez no Espaço Cultural Sérgio Porto, reformado e tratado acústicamente. Lá é nossa casa e o povo sabe o caminho. Ou se não puder, no Teatro do Jockey, com mais cuidado na produção e na divulgação, já que a galera do Cep ainda não aprendeu direito o caminho. Mas é questão de tempo e programação. O espaço é tão bom ou melhor que o Sérgio Porto. Enfim, foi. Com as graças da Prefeitura do Rio, até 2008 ! Um fim de ano cheio de serenidade e plenitude para todos !

Escrito por cepchacal às 16h01